sexta-feira, 8 de novembro de 2013

Pontos Turísticos


TREM DE GUERRA


           No início do século XX existia na Vigia, um casarão que era moradia e local de trabalho do Juiz de Paz do município, João de Sousa Ataíde, e armazenava as armas e munições da Guarda Municipal da Vigia. Este foi denominado Trem de Guerra. No período da Cabanagem, quando o movimento se espalhou pelo interior do Estado do Pará, a então Vila de Vigia, foi invadida pelos revoltosos em 1835. Durante o primeiro assalto à Vila da Vigia, os cabanos dominaram o Paço Municipal, onde funcionava o Senado da Câmara, obrigando as autoridades legalistas vigienses a se refugiarem-se no Trem de Guerra, também conhecido como Casa-Quartel. Esse prédio foi onde o movimento cabano operou o mais violento e sangrento episódio da Cabanagem na Vila da Vigia, quando foram assassinados todos os moradores e os militares vigienses que se encontravam aquartelados no Trem de Guerra.    

         Construído em taipa e cobertura em telha de barro, o prédio, com acesso pela rua de Nazaré e pela rua Visconde de Souza Franco, atual Rua Noêmia Belém, pertenceu anteriormente a Inocêncio Holanda. Mais tarde foi vendido a Jerônimo Magno Monteiro que o desmembrou em duas edificações. A parte localizada à rua de Nazaré foi vendida à Prefeitura. Na década de 90, do século XX, em razão do alto grau de deterioração, foi totalmente demolido e reconstruído com materiais contemporâneos, em alvenaria e tijolo, mantendo, parcialmente, as características arquitetônicas externas originais do Antigo Trem de Guerra
.

 
                               Fonte: Arquivo Pessoal



IGREJA MATRIZ MADRE DE DEUS

           A igreja tem muitas histórias para contar. Por volta de 1930, o Padre Alcides Paranhos e o prefeito da cidade resolveram demolir parte do prédio, usando as pedras retiradas para a construção da primeira usina de luz de Vigia. Com a demolição foram encontrados esqueletos humanos entre as pedras, o que comprovou uma antiga lenda local de que algumas pessoas condenadas pelas Ordenações do rei de Portugal foram empaladas nas paredes da Igreja.


         Em estilo barroco, a Igreja foi construída no século XVIII e é tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional - IPHAN. Alguns pesquisadores acreditam que seja a única, no Brasil, com 22 colunas laterais de origem Toscana. Em sua parte interna, há peças em ouro e prata, crucifixos e imagens originais de Rocca. O forro da sacristia é todo ornado com belíssimas pinturas.Os habitantes de Vigia também a chamam de "Igreja do Bom Jesus", por causa de uma obra que guarda com esse tema. Até hoje ainda é uma obra inacabada e apresenta nas paredes internas e externas pedras expostas aplainadas e em nivelamento com argamassa. Essas e outras curiosidades fazem com que a igreja seja um dos pontos turísticos mais visitados e um dos principais cartões postais do Estado.
                             

                               Fonte: google




VILA DE PORTO SALVO

         As vilas de pescadores também são uma atração a parte. A Vila de Porto Salvo, por exemplo, é a mais antiga vila do município da Vigia. A povoação teve origem com os jesuítas, que fundaram o local com a finalidade de desenvolver a agricultura, outro importante setor econômico de Vigia. A vila fica em um porto de água salgada, embora o acesso mais usado seja por uma estrada que nasce na Vila de Santa Rosa. É de Porto Salvo uma das mais antigas bandas de música do município, a "25 de Dezembro". Lá também está um grande estaleiro de construção de barcos, gerador de emprego e de divisas para a região.

                               Fonte: Google
                             


IGREJA DE PEDRA

 De acordo com o relato oral do guia Raul Lobo na visita de campo, a Igreja de Pedra teve sua construção iniciada em 1739, séc. XVIII foi construída para ser a igreja matriz. O nome dela é capela do Bom Jesus dos passos ou capela do Senhor dos Passos, mas é comumente conhecida como Igreja de Pedra. A igreja sofreu várias intervenções, mas o arco cruzeiro não foi modificado. Ela é feita de pedra, pois na época da sua construção não existia cerâmica. Na época da colonização era tudo muito precário e os europeus não conseguiam trazer o material da Europa para o Brasil, por isso todas as construções dessa época (século XVII e XVIII) eram de pedra, entretanto, as placas de mármore foram utilizadas para fazer todas as entradas da igreja.
Um dos fatores contribuintes para a construção da igreja ser de pedra era que na região havia muita pedra, dando origem ao próprio nome do município: Uruitá, “uru” significa seixo e “ta”, pedra. Foram construídas varias igrejas ao mesmo tempo: igreja de pedra, igreja Madre de Deus em Belém, igreja de Santo Alexandre, o Poço dos Jesuítas, o palácio Lauro Sodré e o palácio Antonio Lemos, todos feitos de pedra.
As imagens da igreja foram trazidas pelos jesuítas para a ornamentação da igreja, eram dois tipos: roca e barroca. Uma das imagens que a igreja possui foi totalmente reformada, perdendo seu valor histórico, pois foram usados pinturas e materiais novos. O barroco é uma peça inteira, a roca é uma armação que é encaixada, são características da roca: cabelos e movimentos nos braços.
A igreja de pedra é um bem tombado que se enquadra no segundo livro dos tombos, no histórico. O patrimônio que é tombado não pode ser modificado, a não ser com a autorização do IPHAN (Instituto do Patrimônio Histórico Artístico Nacional). Na pesquisa de campo feita em Vigia, foi citado pelo palestrante Raul Lobo que um dos prefeitos da cidade tentou reformar a igreja de pedra ao invés de restaurá-la, tirando a originalidade do monumento e descaracterizando esse patrimônio histórico (SILVA,2003).

                              Fonte: Google
        

Nenhum comentário:

Postar um comentário